Um dia antes de "comemorarmos" o Dia Internacional da Mulher" considerei ser interessante publicar a propaganda acima que faz parte de uma campanha contra o machismo promovida pelo Governo do Equador. O vídeo mostra imagens de estereótipos de gênero constantemente reforçados e reproduzidos pelos meios de comunicação e pela indústria de brinquedos.
O brinquedo é uma imagem cultural por meio da qual a criança entra em contato com um discurso destinado a ela sobre a sociedade em que está inserida. A escolha dos brinquedos que damos as nossas crianças documenta como nós adultos nos colocamos diante do mundo infantil. Como disse Brougère (1998), mais do que representar a realidade, os brinquedos são uma idealização. Cabe a nós como sociedade refletirmos sobre que idealizações queremos oferecer às crianças.
O brinquedo é uma imagem cultural por meio da qual a criança entra em contato com um discurso destinado a ela sobre a sociedade em que está inserida. A escolha dos brinquedos que damos as nossas crianças documenta como nós adultos nos colocamos diante do mundo infantil. Como disse Brougère (1998), mais do que representar a realidade, os brinquedos são uma idealização. Cabe a nós como sociedade refletirmos sobre que idealizações queremos oferecer às crianças.
Essa discussão torna-se mais que essencial num país em que se registram 5,6 mil feminicídios a cada ano (segundo dados do Ipea) e numa época em que pai mata por espancamento filho de oito anos que gostava de lavar louça e dançar dança do ventre.
Encerro esse post (mas nunca o debate sobre esta questão) com um trecho de um texto do jornalista Sakamoto:
"A disputa é no campo do simbólico e, portanto, fundamental. Todos nós, homens, somos inimigos até que sejamos devidamente educados para o contrário. E os brinquedos que escolhemos para nossos filhos fazem parte dessa longa caminhada a fim de garantir um mínimo de decência para com o sexo oposto."
Afinal, que mundo queremos mostrar para as crianças por meio dos brinquedos?
Referências Bibliográficas:
BROUGÈRE, G. (1998). Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas.
BROUGÈRE, G. (1998). Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas.